10 princípios sobre treino canino
- Ouvir o patudo
Aprenda a ouvi-los. Se o patudo lhe parecer desconfortável na presença de outro cão, animal ou pessoa, não insista para ele ser simpático. O facto de não estar confortável tem uma razão de ser, pelo que deve ser respeitado. Lembre-se: forçar a situação pode resultar em problemas muito sérios! Tente compreender qual a situação que causou o desconforto e comece a trabalhar o "menino" com distâncias maiores, até que ele se sinta confortavél com a situação.
- Seja generoso nos carinhos e afeto
A maioria das pessoas não tem qualquer problema em demonstrar descontentamento com os seus cães, mas, muitas vezes, ignoram as coisas boas. Erro crasso! Certifique-se de dá ao patudo muito carinho e afeto quando ele merece, quando ele fez o que era esperado, quando faz coisas boas - demonstre que ele tem sido um bom "menino". Estes momentos são certos para uma atenção redobrada. É permitido algum exagero, entusiasmo, para que fique claro o que está correto e bem feito!
- Será que ele realmente gosta?
Só porque a embalagem diz: "todos os cães adoram" não significa que seu cão goste. Alguns cães são muito seletivos quanto ao que gostam de comer. Biscoitos macios e mastigáveis costumam ter mais sucesso do que os duros e crocantes. Mantenha-se atento e perceba o que realmente faz as delicias do patudo.
- Diga o que quer que ele faça
Não há nada de intrinsecamente errado em dizer "Não" ao patudo, exceto se não lhe dá informação suficiente para perceber o que está errado. Em vez de só dizer "não", diga realmente o que quer que ele faça. Se o patudo salta para cima de alguém, para dizer "Olá", e ouve um "Não", poderá não perceber e saltar mais alto, ou saltar para o lado. A alternativa será pedir-lhe para "Sentar". Regra de ouro: Diga-lhe sempre o que quer que ele faça, assim evita confusões.
Sempre que treina o patudo é importante ter o máximo de membros da família envolvidos nos objectivos a atingir. Se lhe diz "Não", quando ele salta para o sofá, e outra pessoa aceita o comportamento, faz-lhe festas, etc, como é que ele alguma vez vai perceber? A consistência é chave para o sucesso. Têm de estar todos alinhados na forma de educar o patudo.
- Ter expectativas realistas
Mudar comportamentos demora tempo. É importante ter expectativas realistas sobre alterações de comportamento, bem como quanto tempo irá demorar para mudar o que não gosta. Muitas vezes comportamentos que são "normais", de um cachorro, demoram mais tempo: latir, saltar, puxar a trela, etc. É também importante considerar há quanto tempo o patudo tem um determinado comportamento que agora quer alterar. Por exemplo, se o deixou andar a saltar às pessoas durante sete anos e agora decide que não quer que ele tenha escomportamentos, vai demorar mais tempo do que se o tivesse feito quando ela ainda era cachorro. Lembre-se que nunca é tarde demais para mudar comportamentos mas alguns podem demorar mais tempo que outros.
- Não subestime os benefícios de uma alimentação de alta qualidade
Alimente o patudo com uma dieta de alta qualidade, com quantidades adequadas de proteína. Se patudo passa a maior parte dos dias descansando em casa, não deve ser alimentado com o mesmo um nível de proteína de um cão que passa o dia no pastoreio de ovelhas. O dinheiro que se gasta com uma alimentação de qualidade será, muitas vezes, o dinheiro que vai poupar em idas ao veterinário. É recomendável que consulte o veterinário para saber qual a melhor dieta para o patudo.
- Obtemos o que reforçamos positivamente, não necessariamente o que queremos
Se o patudo apresenta um comportamento que não gostamos, há uma forte probabilidade que advenha de algo que foi reforçado positivamente no passado. Um exemplo: se o seu patudo lhe traz um brinquedo, ladra para que o atire novamente, e consegue o que pretende, ou seja, o brinquedo é novamente lançado, como é que ele vai interpretar toda a situação?! Quando ladra tem o que quer. Não pode ser! A solução? Ignore os latidos ou peça-lhe para fazer algo, como "sentar", antes de lançar novamente o brinquedo.
A ideia de usar os biscoitos para treinar é muitas vezes sinónimo de suborno. Em boa verdade, os cães reagem ao que lhes agrada; se lhes damos biscoitos quando ele faz algo que queremos,
então porque não fazer? Não existem muitas maneiras de o recompensar positivamente mas biscoitos, festas e brinquedos são sempre a melhor opção. Cada interação que temos com o patudo é uma oportunidade de aprendizagem, por isso, nas sessões de treino ativo uso biscoitos mas lembre-se que pode reforçar positivamente um comportamento com um simples toque, festa, um jogo, ou passeios.
Deixe o patudo ganhar a liberdade em toda a casa de forma gradual. Um erro comum, que muitos fazem, é dar ao novo patudo muita liberdade desde logo cedo. Isto pode facilmente levar a "acidentes", relativamente ao treino, comportamentos, em casa. A melhor estratégia passa por fechar portas de divisões desocupadas, usar grades de bebê para dividir áreas que inicialmente não quer que ele frequente. Depois, gradualmente, enquanto ele vai conhecendo as regras e comportamentos desejáveis, começe a dar-lhe mais liberdade pela casa.